Distante Da varanda, antes do pôr do sol, dar para
ouvir o piado de um pássaro triste... Saudades do calor do ninho, Do vento que outr'ora lhe fazia afagos Agora distante, mergulhado em outro caminho. Incrível como os dias passam, E com o passar do tempo, Muitas lembranças criam raízes,jamais apagarão da memória, enquanto outras... "Desagradáveis" se esvaem, Somem numa nuvem de fumaça... Persiste o canto do rouxinol, triste, Distante, sem poesia, perdeu a graça. O silêncio atravessa a fresta do telhado E cobre as digitais ainda Visíveis sobre a mesa e outros móveis. A noite chegou, sacudiu as folhagens, Mais tarde, lágrimas desceram, cobrindo A face rubra... A madrugada sufocou a voz dos pensamentos, Para reescrever na memória As lembranças excedentes, Enquanto os últimos raios da lua Prateavam o céu da cidade Tateando às escuras, no vazio preenchido apenas por essa... Saudade. ********* **** *** * Ísis Dumont . Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 11/05/2014
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