O Choro Que Ninguém Ouviu
Naquela noite não havia lua... Nem havia estrelas com disposição para brilhar. O céu cor de chumbo, parecia tenso, ansioso... Algo estranho estava no ar, mas a inexperiência Nada percebera, e permitiu-se embalar... Pela brisa, cúmplice, que ali passava. A pequena chama que deveria iluminar... Fora mantida apagada, propositadamente. A atmosfera exalava um cheiro insípido de escuridão. Sensações angustiantes começaram a dilacerar o coração. Soluços ainda foram contidos, mas acabaram eclodindo E, preenchendo aquela madrugada de dor e tormento. Sonhos construídos na primavera, jamais previam tamanha dor! O pranto acumulado não coube nos olhos, E lágrimas quentes jorraram Torrencialmente, queimando-lhe a face imatura. Já não haviam sussurros, conversas abafadas, Mas um "grito" desesperador da alma, que invadia o ambiente. Criaturas de hábitos noturnos, fugiam assustadas. O destino “gratificado” cumpria sua meta. O tempo mal intencionado ou não, acabara Cravando naquela alma "verde," seu punhal sangrento. Assinava ali a sentença de "quase" morte, Que perduraria pela vida afora... A máscara da falsidade fora rasgada. Sua boca escancarada, provou com o passar dos anos Que estava disposta a continuar se alimentando do que há de melhor: -A essência que mantém a alma... de pé! E repetidas estações durante décadas cobriram-se de luto! Isis Dumont Em uma noite onde não havia luas, nem estrelas e nem luz. PS.: Desculpe-me pelo atraso!... Mas os comentários pendentes retribuirei a partir de amanhã. Grata pela compreensão. Beijoooooos para Vocês Poetas, poetisas e leitores desse Recanto. Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 19/08/2012
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