Aparecida Ramos -  Prosa e Verso

Palavras que a alma e o coração não calam.

Textos


PISE BEM DE LEVINHO...


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Essa é a razão do incômodo que me tortura
Durante a noite, até de manhã.
Silêncio que adormeceu, tal qual alguém
sob efeito de overdose de diazepan...

Silêncio que se fez de surdo-mudo.
Convencido, pensa que já me disse tudo!
Silêncio covarde que se escondeu de mim.
Talvez pensando em não me contrariar...

Prefiro o silêncio falastrão, que não
mede palavras...
Que me traga verdades, ainda que amargas.
Que me cause dores por não entender.
Prefiro o silêncio, que se não pode agradar...
Me diga coisas que eu não gostaria de saber.

Odeio o silêncio da caixa de entrada vazia.
Da campainha que não toca...
Da falta de recados na secretária eletrônica.

Ah! O silêncio acomodado, sonolento, de olhar disperso, de passos lentos!
Amor, esse é o teu silêncio!

Será que para te compreender...
Eu ainda preciso aprender...
A ouvir a voz...
A sentir o toque...
 E a ler a linguagem muda do teu silêncio????

Isis Dumont
26/05/2012, às 20:58

 

Abaixo, a Interação da poetisa a quem agradeço pela ilustre visita, e belíssima contribuição ao meu texto.Que Deus abençoe sua vida todos os dias, e a inspire sempre mais!




ADEUS SILENCIOSO

Não gosto do silêncio que há em ti/
É fuga que se esconde no mutismo/
É uma ausência total que não sorri/
Não há espaço para silogismos...//

Prefiro mais o silêncio falastrão/
Aquele que não sabe agradar/
Que causa dores, agride o coração,/
Mas tem alguma coisa pra mostrar...//

Tu fazes um silêncio acomodado/
Os passos lentos, os gestos calculados/
O rosto inexpressivo, um surdo-mudo//
Um fantasma sem luz que se arrasta/
Enquanto eu sinto que tu te afastas/
Com essa couraça servindo de escudo!...//

Ângela Faria de Paula Lima






































Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 26/05/2012
Alterado em 27/05/2012
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