Em tempos de engano universal,

falar a verdade torna-se um

ato revolucionário.

- George Orwell

                                 Quando o assunto é velha política a

poesia passa "longe".

"Não aprendi jogar teu jogo", velha “Senhora”

 Políticos veteranos detentores de mandatos sucessivos, que fazem da política "cargo de carreira", lembrando que ainda existem aqueles que nem profissão têm. Esses engrossam o cordão dos acomodados, acostumados a "ganhar a vida" sua e de suas famílias às custas do erário público, recebendo altos, médios ou razoáveis salários em função de mandatos que, ciclicamente se repetem. Dá para ver que a população se habituou a eleger a cada quatro anos os(as) mesmos(as) personagens (a grande maioria homens), praticantes da "velha política" e, consequentemente imbuídos de velhas práticas que em nada (ou quase nada) contribuem para o desenvolvimento 'social'. Infelizmente essa ainda é, e acredito deverá se estender por muitos e muitos anos, a realidade em nosso país.

"A busca por uma maior representatividade feminina na política brasileira é uma das poucas pautas democráticas em debate no Congresso nas quais mulheres feministas, progressistas, conservadoras, filiadas à esquerda, à direita, a partidos de “centro” ou até as não-filiadas a qualquer partido encontram afinidades".

O jogo, todos sabemos, é bastante difícil, é duro e muito competitivo!! Com o passar do tempo percebe-se que, aqueles que apenas assistem não passam de meros espectadores e, inclusive (novatos ou iniciantes) servem de cobaias. Eles ficam na torcida pelo time, mesmo tendo preferências pessoais por um ou dois "jogadores". Coitados, os anos passam, as partidas se repetem com as mesmas semelhanças, o mesmo pano de fundo e as mesmas regras. É fato que todos almejam chegar ao podium, e, para ser mais precisa, praticamente ninguém deveria ficar pelo caminho. Isso até poderia acontecer se a lealdade, o compromisso e o respeito apregoado aos quatro cantos fossem verdadeiros. É bobagem acreditar na existência da reciprocidade, da empatia e da ética que, embora "aparente" embasar diálogos e argumentações em prol de objetivos (nem sempre) comuns, em torno da mesma mesa, no final a constatação não é das melhores... 

"Ao fim da apuração, não ficaram dúvidas: quem insiste em manter o abismo da representação de gênero na política são homens que não abrem mão da super-representação masculina no poder nem estão dispostos a rever a divisão de papéis na sociedade. O jogo excludente da política nacional se revela na forma dominante de se fazer política no país, que segue velhas práticas de alianças, com máquinas partidárias que não cedem espaço para elas."

P.S.: Onde se lê "velha Senhora" leia-se: velha política, velhos hábitos, velhas práticas. Quando me refiro a jogadores, lembro os políticos com suas artimanhas e estratégias para vencer a qualquer custo. A alguns desses parecem que "os fins justificam os meios", infelizmente.

Em um país cuja política é feita majoritariamente por homens, está ainda muito além do alcance das mulheres a dita "igualdade de direitos". 

Fonte de leitura para os trechos (entre aspas)::

https://www.generonumero.media/reportagens/na-trincheira-da-velha-politica-mulheres-lutam-para-vencer-estruturas-machistas/

Olá... Desculpem-me pelas falhas injustificáveis. Certamente em um primeiro momento, ao publicar este texto não tive a preocupação quanto à clareza (que deveria ter tido). Peço a compreensão de vocês por esta omissão "imperdoável". Não irei excluir os comentários (dois), em virtude de a culpa ter sido minha. 

Gratidão por me aturarem por aqui enquanto houver Sol e ar.

Estejam bem.

Grande beijo.

Saudades...

Aparecida Ramos