POEMA DA AFABILIDADE Quisera eu que fosses deveras humano, para que minhas mãos se ocupassem de tecer aconchegos e carinhos de seda pura e assim poder te contemplar, vestido de trajes extraordinários a atrair a atenção dos passantes e leitores que apreciam os personagens lendários. -Assim eu te queria vestir! Quisera que fosses deveras humano, para que meu olhar te cobrisse de brilhos todos os dias e noites, meus olhos postos em ti, e tu, inundado por uma auréola rutilante serias semelhante àquele que foi coroado pelo Sol. Quisera eu que fosses deveras humano, assim, meus lábios, minha boca seria Oásis onde matarias tua sede, meu colo o calor mais terno no final de cada dia fatigado pelo trabalho, e minha voz, canção de amor para o teu sono acalanto e conforto nas horas tristes. Ah... se fosses deveras humano, eu me permitiria ser ainda mais teu brinquedo infantil, seria tuas ferramentas de ofício, instrumentos onde no declínio da vida louvasse o próximo cerimonial da última partida. Ah... se fosses deveras humano, ó maravilha de minha poesia... eu seria tudo, tudo em tua vida! Porém, eu mesma sei que nada sou não sou nada, nem nada serei além dessa inquietação e desejo impossível de ser! Oh!! E pensar que se fosses deveras humano, minhas mãos se ocupariam de tecer aconchegos e carinhos de seda pura e assim eu te contemplaria vestido de trajes extraordinários!! *********** Inspirou-me: Cecília Meireles (Poema da ternura) Pesquisa de imagens: https://www.google.com/search?q=afabilidade+poesia&client=firefox-b-d&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjIiLbMzP_nAhUYELkGHdm-CoQQ_AUoAXoECAwQAw&biw=1280&bih=664#imgrc=OuNOhTOsSE0OhM&imgdii=IPoQnqOCZDP21M Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 03/03/2020
Alterado em 03/03/2020 Copyright © 2020. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |