Lua cheia
A Lua, grávida, pensativa, se sentiu só, entristeceu. Cansada do vai e vem, sentou sobre a pedra, olhou para o Céu, esfregou as mãos e bocejou... Viu que já era noite e optou por se recolher. Dormiu e sonhou com paisagens verdejantes, crianças brincando, cordeiros pastando. Vislumbrou dezenas de borboletas em um jardim florido, sobrevoou o horizonte e desenhou um amanhã quase perfeito! A Lua cheia, muitas vezes sobe o morro, desce ladeiras conduzindo bagagens, respirando ofegante, sonhando em repousar a cabeça em um travesseiro de nuvens. A Lua também caminha na várzea. Colhe frutos, busca água na fonte e executa tarefas até o Sol se pôr... Com o passar do tempo vieram as estrelinhas. A Lua esqueceu as dores e ficou toda risonha! Depois suspirou e deixou cair algumas lágrimas sobre a face prateada... Eram lágrimas de amor, de alegria, de felicidade, e de preocupação. A Lua viu pela fresta da porta que as paisagens já não são as mesmas. Observou que há perigos diversos, que nos jardins e arredores rondam sérias ameaças. Agora, a Lua precisa estar muito mais atenta. Já pensou como é fácil atrair e enganar uma estrelinha? Cuidado! Prestem atenção nas margens dos caminhos... De repente uma paisagem atraente pode se transformar numa emboscada, algumas vezes, fatal. Lembrem-se, meninas: Estrelinhas nascem para serem felizes! Estrelinhas foram feitas para brilhar, para escreverem lindas histórias! ***** Hoje, para a III Conferência do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).
Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 08/12/2018
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