Não perca o 'Pôr do Sol'
O que é a manhã se não a espera tão óbvia, tão certa, de vermos através da luz nossos rostos refletidos nas águas do regato. O que é a tarde, se não outra espera tão nítida, mais lenta, de observarmos o amarelecer das folhas sem vigor quando tudo é cansaço. O que é a noite, se não uma saudade silenciosa. Lembrança que atravessa os trilhos da alma, numa lágrima escorrendo ao olhar para trás, quando o trem se despede sumindo na curva. Tornai, ó Céus, sábias as mentes cujas bocas tudo dizem, tudo censuram sem saber. Desprezíveis são as conjecturas tecidas nas calçadas, nos bares, nas casas, oriundas de mentes que elaboram discursos em bocas sujas que mentem e quase nunca se ressentem. ****************************************** *************************** Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 05/05/2018
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