Vidas invisíveis
Você já reparou ou alguma vez parou para pensar sobre as pessoas que vivem como se não vivessem, passam como se não passassem e morrem como se não tivessem vivido?
Pois é, parece que há uma tendência no ser humano, de ignorar quem é anônimo, quem não "aparece" ou não possui nenhuma notoriedade, ou seja, aqueles/as que não têm importância social...
E, se estando vivas, essas pessoas não são lembradas, quando partem, aí é que ninguém lembra, inclusive naquele momento em que se realiza os dois últimos atos de caridade: o velório e o cortejo até a última morada, dá para contar nos dedos o número de participantes.
Isso não ocorre apenas com pessoas moradoras de rua, mas também com aquelas cujos endereços, nós muitas vezes conhecemos.
Pessoas como essas não têm histórias, não têm presente, nem futuro, porque, mesmo "tendo", seus recortes de memória são atirados ao vento, jogados na lixeira, fazendo desses, seres anônimos, vidas que a sociedade... olha, mas não ver!
Há algo que precisamos lembrar:
As pessoas esquecidas, ignoradas, excluídas, vistas como "estorvo" aos olhos da sociedade, são gente como a gente, apenas um diferencial nos separa delas: nós temos um pouco mais de "sorte" por não vivermos nas mesmas condições que elas. Por isso devemos ser gratos pelas oportunidades que tivemos, inclusive aquelas mais singelas.
Deixar de olhar, de observar a triste realidade desses nossos irmãos, é abrir mão da oportunidade, a qual serve para abrir nossos olhos e pode nos tornar mais "gente", mais humanos.
Não desperdicemos as possibilidades, fechando nossos olhares e nossos corações para os outros.
Perdão, Senhor, somos todos egoístas e hipócritas, esquecemos de praticar o primeiro e maior Mandamento:
"Amai - vos uns aos outros assim como eu Vos amei"!
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