Andarilho Na estação, de repente 'dou de cara' com um verso, encharcado chateado caminhando cabisbaixo pelo caminho inverso Sobre dormentes há membros repousantes, gestos gastos calças puídas pele insensível nada do que foi antes inquilinos da vida da sobrevida ao relento Sob fortes chuvas lacrimejando mendingando gotas de ternura no campo distante frio cortante atormenta o coração do andarilho das horas infindas Nos corredores faltam assentos alguém tropeça e se despede de repente outro grita o trem agita sento-me,e me permito colocar os acentos sinto calor desaperto o cinto pela vidraça vejo uma sombra que me assombra respiro fundo preciso agir pela janela aceno na direção do sol que não surgiu &&&&& Ísis Dumont Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 08/09/2015
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