Apenas Sombra
Sobrevoara várias vezes a mesma área. Parada obrigatória se fazia ali. Ao aterrissar, detalhes à vista sussurravam ausência e indiferença. Dúvidas terríveis corroíam o coração. Como resposta, apenas o silêncio carregado de medo, saudade e solidão. Puxar conversa com desconhecidos funcionários, foi a alternativa encontrada nos momentos em que não saía. Precisava canalizar, ao menos um pouco a dor causada pela decepção... Caminhar pelos corredores tornou-se um martírio. Paredes, teto, assoalho e móveis tornaram-se elementos fortes em um quadro antes pintado pelas cores de profundos sentimentos. Agora convertidos em traços tênues, recortes fugidios. Isis Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 07/07/2013
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