RIO - Um total de 36.735 adolescentes entre 12 e 18 anos será vítima de homicídio até 2016 no Brasil. A previsão foi divulgada nesta quita-feira pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), na apresentação dos novos dados do Índice de mortalidade de adolescentes (IHA). Em média será uma perda de mil adolescentes a cada ano ou de 14 meninos e meninas por dia, até as Olimpíadas no Rio. As maiores vítimas são jovens do sexo masculino e negros. E a maior parte é morta por arma de fogo. Tudo isso em apenas 283 municípios no país, cujos dados foram analisados.
Os dados de 2009 revelam que, para cada mil pessoas de 12 anos, 2,61 serão assassinadas antes de completarem a adolescência. Esse valor aumentou para 2,98 em 2010, o que representa um aumento inquietante da violência letal contra adolescentes no Brasil. A partir desse índice, se as condições que predominavam em 2010 não mudarem, é possível estimar o total de homicídio até 2016.
- O número tem a mangnitude de um genocídio e demonstra também que as políticas públicas não conseguiram avançar neste campo - analisa a psicóloga Raquel Willadino, coordenadora do Programa de Redução da Violência Letal da Unicef.
Em 2010, os adolescentes do sexo masculino apresentavam um risco 11,5 vezes superior ao das adolescentes do sexo feminino, e os adolescentes negros, um risco 2,78 vezes superior ao dos brancos. Segundo o estudo, esse resultado frisa a importância de focar as políticas públicas preventivas em adolescentes com esse perfil. Por sua vez, os adolescentes tinham um risco 5,6 vezes maior de serem mortos por meio de arma de fogo do que por qualquer outro. Os três riscos relativos caem moderadamente em 2010 quando comparados com 2009.
"Tão hediondo quanto a violência sexual de crianças, os assassinatos de adolescentes no Brasil chamam atenção pelo grau de banalização assumido pela sociedade. A aceitação social em relação as mortes de adolescentes - sobretudo quando estes adolescentes negros - revelam os profundos tabus que ainda temos que superar para alcançar os reais direitos de crianças e adolescentes no no Brasil", diz o estudo.
Os dados de 2009 revelam que, para cada mil pessoas de 12 anos, 2,61 serão assassinadas antes de completarem a adolescência. Esse valor aumentou para 2,98 em 2010, o que representa um aumento inquietante da violência letal contra adolescentes no Brasil. A partir desse índice, se as condições que predominavam em 2010 não mudarem, é possível estimar o total de homicídio até 2016.
- O número tem a mangnitude de um genocídio e demonstra também que as políticas públicas não conseguiram avançar neste campo - analisa a psicóloga Raquel Willadino, coordenadora do Programa de Redução da Violência Letal da Unicef.
Em 2010, os adolescentes do sexo masculino apresentavam um risco 11,5 vezes superior ao das adolescentes do sexo feminino, e os adolescentes negros, um risco 2,78 vezes superior ao dos brancos. Segundo o estudo, esse resultado frisa a importância de focar as políticas públicas preventivas em adolescentes com esse perfil. Por sua vez, os adolescentes tinham um risco 5,6 vezes maior de serem mortos por meio de arma de fogo do que por qualquer outro. Os três riscos relativos caem moderadamente em 2010 quando comparados com 2009.
"Tão hediondo quanto a violência sexual de crianças, os assassinatos de adolescentes no Brasil chamam atenção pelo grau de banalização assumido pela sociedade. A aceitação social em relação as mortes de adolescentes - sobretudo quando estes adolescentes negros - revelam os profundos tabus que ainda temos que superar para alcançar os reais direitos de crianças e adolescentes no no Brasil", diz o estudo.
O IHA expressa, para cada grupo de mil pessoas com idade de 12 anos, o número de adolescentes nessa idade inicial que serão vítimas de homicídio antes de completarem 19 anos.
Yahoo Notícia
"Os números da Unicef, me deixam muito triste... e mais
que isso: arrasada, assustada, indignada e apavorada!!!
E o pior é saber que nossa sociedade banaliza esse
tipo de violência, que a cada dia assistimos ou visualizamos
cenas, cujas vítimas estão imersas em verdadeiros banhos de sangue! É doloroso saber que milhares de pais e mães de famílias perderão aquilo que tem de maior e de insubstituível valor, que são os filhos. É vergonhoso e lamentável sabermos tambem que a cada eleição elegemos representantes políticos para nos representar, para cuidar, zelar pelos direitos da população e não vemos isso acontecer na realidade. Penso que, diante de estimativas tão reais e terríveis ao mesmo tempo, fica para todos nós uma sensação de raiva, vergonha, dor, medo e impotência"!!!
Desculpe, não consegui organizar melhor ou justificar o texto.
Isis Dumont