Aparecida Ramos -  Prosa e Verso

Palavras que a alma e o coração não calam.

Textos



CÚMPLICES DE DUPLO ASSASSINATO
 
 
 
Forjaram a morte prematura.
Um piquenique foi simulado.
Banho na cachoeira...
Vítimas foram atraídas.
Um grupo de vinte, sabia o desfecho.
Duas jovens, inocentes pensavam
Aproveitar a diversão.
Os revólveres (ocultos) carregados de munição.
Instrumentos de tortura ao alcance da mão,

Da mão assassina...
que, cruelmente roubou a
Vida daquelas “meninas”,

Mulheres na flor da idade,
Prestavam “serviço” a esse "mundo" obscuro,
Onde não há perspectiva de futuro.

Vingança cruel estava para acontecer.
Elas, sequer desconfiavam de nada.
Via celular, chega a ordem para execução.
Antes, porém fez-se a tortura.
Momentos agonizantes.
Platéia assiste, sem comoção.

Frágeis meninas tombaram ensanguentadas.
Sem defesa, sem socorro algum...
Debateram-se no chão.
A terra, ao lado da cachoeira absorveu o
Sangue inocente.

Mais tarde, outros e outras e
depois outros virão...

Por esses crimes... pela vida 
Dessas jovens mulheres,
Peço punição...

Para os “mandantes” covardes,
Peço punição...
Para os torturadores,
Peço punição...
Para os traidores,“cúmplices” de tamanha crueldade,
Peço punição...
Para os que, por dinheiro, obedeceram,
Peço punição...
Para os que não hesitam em destruir vidas humanas,
Peço punição...
Para os que defenderam ou defendem a criminalidade,
Peço punição...
Para os que, através do crime destroem famílias,
Peço punição...
Por todos:  meninos, meninas, jovens, adultos
homens ou mulheres, assassinados,
Peço punição...

Se ainda assim meu pedido não for ouvido...
Só resta esperar a justiça divina. 



Isis Dumont
Inspirado em "Os Inimigos" - Pablo Neruda.
Imagem da Net.
Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 27/10/2012
Alterado em 27/10/2012
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