CACTO EM FLOR-Minha Poesia
Minha poesia surgiu... emergiu do solo sem húmus, seco, fragilizado, sangrado, rachado, aparentemente sem nenhuma perspectiva de vida... Minha poesia nasceu, floresceu forçosamente entre pedras e espinhos a partir da dureza do parto no ventre da terra árida, ressequida, improdutiva... de onde nascem os cactos. Minha poesia desenvolveu a duras penas, a capacidade de conviver em meio às adversidades do tempo de toda e qualquer estação, sem perder totalmente o brilho e preservando, pelo menos uma sombra pequenina de ternura. Minha poesia é o menor dos rebentos nascido no caule amamentado, alimentado e banhado de sol, dessa planta resistente, típica também do sertão nordestino. E sendo poesia ou não, minhas palavras conseguem delinear em suas entrelinhas o desenho, quem sabe, da flor colorida e mais vigorosa, e por isso torna-se "Cacto em Flor". Isis Dumont João Pessoa- PB, 23/04/2012, às 07:55h. Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 23/04/2012
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