LAGOA AZUL TURQUEZA (Texto curto) Era um pedaço do paraíso durante o inverno e início de verão. Um ecossistema preservado, ali, bem abaixo de nossos olhos de crianças curiosas. Havia várias espécies de peixes. A variedade de plantas em sua volta e as plantinhas aquáticas tornavam aquele nosso espelho mágico e gigantesco ainda mais belo e atraente. Nos pequenos arbustos e árvores que emolduravam os seus contornos, revoada de pássaros construiam seus ninhos, reproduziam seus filhotes e se refestelavam todos os dias através de melodias diversas. E, para atrair ainda mais a nossa atenção, exibiam, orgulhosamente suas cores, seus voos rasantes e bailados sobre as flores e as largas folhas das plantas que cobriam parte das águas. A uma certa distância, aquele lençol de água apresentava uma coloração azul turqueza que encantava as nossas vistas e de todos que por ali passavam ou frequentavam. A imagem que por anos seguidos refletiu a nossa imagem, ainda existe preservada em meu livro de recordações, na memória daquele tempo bonito, de quando éramos crianças irrequietas, impulsivas e inventivas, num tempo onde tudo era motivo para uma brincadeira inocente e muitas risadas. Os habitantes da região mais próxima abasteciam-se de suas águas doce e cristalinas. Aquela porção de natureza ecologicamente preservada era nosso mais puro e seguro recanto de lazer. As pessoas tinham o maior zelo com a preservação, e para evitar qualquer tipo de poluição, havia uma conscientização que era repassada pelos adultos aos mais jovens e às crianças. Durante o período do inverno, a lagoa azul chamava a atenção dos que por ali passavam, pela sua imponência e exuberância. No verão, pouco a pouco o espaço em sua volta ia ficando vazio. As plantas rasteiras iam secando e morriam. Era aí que nós nos divertíamos com nossas corridas, disputando para ver quem tinha a maior capacidade de resistência para alcançar a meta estabelecida pelo grupo. A Lagoa Azul Turqueza é parte muito importante do meu álbum de lembranças. É fotografia que nem a ação do tempo nem a distância jamais apagarão das páginas amareladas do livro do meu passado. Isis Dumont Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 20/03/2012
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