LOUCURA
Certa vez, vi-me repartida sem dores nem ais, me dei conta de ter enlouquecido e minha vida virou vendaval transportando dunas para além do horizonte. Abriu-se em mim sulcos internos. O medo e o silêncio me possuíram e acamparam, fizeram morada no meu eu como se eu fosse uma redoma. E eu era feita de bronze dos sinos que espantam as aves noturnas. Eu era antes e depois e minha loucura nunca mais será curada nem tem poder sobre mim, mas me seguirá... até que chegue o meu dia. Isis Dumont Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 14/02/2012
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