AO AMOR DA MINHA VIDA
Meu grande amor, há bastante tempo venho travando uma luta interior, hesito em não escrever sobre os meus sentimentos. Esquivo-me a declarar o meu amor por você. Só depois de muito castigar o meu coração ferido, magoado, após pô-lo à tão angustiante prova é que entendi que não posso e não devo guardar todo esse sentimento apenas para mim. Eu não estaria sendo justa comigo mesma, nem com esse amor tão lindo que nutro por você. É obvio que nunca lerás essa carta ou se leres... nunca saberás quem eu sou, não vais saber jamais que escrevi para ti. Prefiro que seja assim, que continuemos a nos ver de longe, seremos apenas bons amigos. Isso não significa que eu estou tranquila, que sou resignada. Posso até não deixar transparecer, mas por dentro estou morrendo aos poucos por não ter você junto a mim. Sabe, amor, cada vez que te vejo conversando com outra pessoa tenho vontade de desaparecer, mas seria o fim. O melhor mesmo é tentar resistir, nem que para isso eu veja exaurir-se em mim a última gota de esperança.
isis Dumont Em um dia (não sei qual) da primavera de um ano qualquer... Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 02/02/2012
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