Aparecida Ramos -  Prosa e Verso

Palavras que a alma e o coração não calam.

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SURPREENDIDA COM UM BEIJO




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Você já se produziu, colocou o perfume de sua preferência, para ir a um evento e, ao sair na rua foi surpreendido (a) com um beijo?... E ainda por cima, de alguém com quem não possui nenhuma afinidade, além de "um bom dia ou boa tarde" com elegância e naturalidade?... Pois, aconteceu comigo. Há poucos dias, saí sozinha para participar de um evento em minha cidade, desses que você não deve faltar nem pode mandar um representante por mais competente que seja. Tem que ser você, ao vivo e em cores. Logo que saí, a pé, porque o endereço era a duas quadras dali, fui surpreendida com um beijo... Calma, foi só um beijo no rosto (rsrsrs). Não vamos ficar agora imaginando "coisas" em nossas mentes férteis (rsrs). Prefiro acreditar que foi um impulso ou uma gentileza, talvez, desse meu admirador, até então secreto, por não ter encontrado outra forma de declarar sua admiração por mim ou pelo meu trabalho. Sei que um beijo (de cortesia) não é nada de mais, no entanto, deve haver a ocasião, o lugar apropriado e, depende da pessoa que deve receber essa forma de "homenagem". Minha surpresa não foi pelo simples fato de ter recebido um aperto de mão, um beijo no rosto e uma frase ,quase sussurrada, que dizia: - continue assim! Mas por não existir nenhum contato entre eu e essa pessoa.
Naquele momento "sublime" havia muitas pessoas na rua. Iam para o mesmo local que eu. Todas ficaram me olhando, certamente sem entender o que acabavam de presenciar. Talvez, alguém mais curioso desejasse naquele momento perguntar-me o que estava acontecendo entre eu e o moço, que diga-se de passagem, é um belo tipo. Talvez outra pessoa tivesse sentido vontade de sair correndo e contar para uma determinada "pessoa" lá em casa. Mas  não houve nada disso, no fundo todas elas sabem que eu sou uma mulher bem resolvida, que transmito seriedade e credibilidade na minha conduta, e que "aquele beijo" (sem ser da Globo) foi apenas um agrado meio exagerado, de um fâ, que antes ninguém conhecia. Após a cena, que não sei se me comoveu ou me deixou constrangida, saí caminhando devagar, sem saber se ria ou se fazia cara de séria, enquanto isso as pessoas continuavam me olhaando sem nada compreender. Depois daquele incidente, ainda não avistei o meu admirador. Quando encontrá-lo, irei arranjar coragem e perguntar-lhe, não o porquê do beijo sem nem pedir licença, mas o que ele quis dizer com o tradicional: - Continue assim!... Caríssimos poetas, poetisas e leitores amados (as), ainda bem que eu não estava "acompanhada", caso contrário, esse beijo iria render muitas prosas até o final de dezembro e durante todo o ano de 2012 (rsrs). Melhor assim!

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Gente, esse fato é real, foi no último domingo à noite, mas foi positivo porque deu origem a esse texto que você acabou de ler. Espero que tenha gostado."
         Isis Dumont
Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 19/12/2011
Alterado em 20/12/2011
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