Aparecida Ramos -  Prosa e Verso

Palavras que a alma e o coração não calam.

Textos



Flor de muitos ofícios


flor+pendente.JPG


Flor de idade tenra,
Tenra infância,
Em pleno desabrochar
Fluindo como as águas de um rio
Em sua nascente,
Vida emergente, crescente, latente
Feito poesia.

Flor impedida de crescer
Em sua essência; de muitos ofícios
E poucos risos; impulsionada
À maturidade, sufocando
A sensibilidade, 
Flor feito qualquer uma...
Teve atrofiado seu brilho natural.

Flor que tanto quisera
Viver no outono
Ou na primavera
As delícias que esse tempo traz,
Flor que espera cansada
Da lida diária, 
A chegada do verão!

Flor que apesar dos espinhos
Cresceu, tomou seu caminho
E segue adiante,
Vivendo em outros jardins
Parceira de muitos passarinhos,
No verão, outono ou primavera,
Flor que não mais espera!

Flor que ao passado disse adeus
Evoluiu, amadureceu,
Agora entre risos
Segue viagem...
Não mais pede licença...
Seu destino? Qualquer paragem
Na bagagem, poesia em essência!

      Isis Dumont























 
Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 24/10/2011
Alterado em 18/10/2016
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras