Flor de muitos ofícios Flor de idade tenra, Tenra infância, Em pleno desabrochar Fluindo como as águas de um rio Em sua nascente, Vida emergente, crescente, latente Feito poesia. Flor impedida de crescer Em sua essência; de muitos ofícios E poucos risos; impulsionada À maturidade, sufocando A sensibilidade, Flor feito qualquer uma... Teve atrofiado seu brilho natural. Flor que tanto quisera Viver no outono Ou na primavera As delícias que esse tempo traz, Flor que espera cansada Da lida diária, A chegada do verão! Flor que apesar dos espinhos Cresceu, tomou seu caminho E segue adiante, Vivendo em outros jardins Parceira de muitos passarinhos, No verão, outono ou primavera, Flor que não mais espera! Flor que ao passado disse adeus Evoluiu, amadureceu, Agora entre risos Segue viagem... Não mais pede licença... Seu destino? Qualquer paragem Na bagagem, poesia em essência! Isis Dumont Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 24/10/2011
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