Aparecida Ramos - Prosa e Verso
Palavras que a alma e o coração não calam.
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Aqui Viverei
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Do cume do monte elevo minhas mãos. Sinto que, quase posso tocar as nuvens.  Uma prece silenciosa começa a tomar forma em meu íntimo. As estrelas ainda não surgiram, mas, no firmamento observo pequenos pontos luminosos, como se viessem iluminar o trajeto  por onde caminham minhas súplicas. Minha prece tem diversas intenções, mas uma é "especial".Um suspiro é liberado em meu peito e lágrimas quentes, descem banhando minha face, que ali recebe feixes de luz, remanescentes do sol que está sumindo no arrebol. Já não sou eu quem está ali. Precisei me "desfazer" de mim mesma, para que assim pudesse absorver a essência que me renova, que eleva meu espírito. A "outra" que ficou sob minhas ordens lá embaixo, às vezes não entende a necessidade, o desejo que tenho de crescer, evoluir para uma passagem bem maior. Sei que "mais dias, menos dias", um último voo estará a minha espera, rumo ao infinito desconhecido.  Dessa realidade ninguém está isento.
Aqui estou! Nada existe (próximo) que possa interferir nesse momento de introspecção. Um vento distante  resolve me visitar, Acaricia meus cabelos, beija meu rosto e fica ali a me envolver por alguns momentos. 
Percebeu que, em meu retiro estou só e que a noite não demora. Mesmo assim não tenho medo. Os motivos que me levam até ali e a fé que me sustenta  são superiores a qualquer sombra ou receio. Aqui permaneço. Sou protagonista de uma peça ainda em construção. Meu olhar fixo no infinito não distrai meu pensamento, que relembra às vezes em que no palco tropecei... Volto, por alguns segundos meu olhar e vejo como não lamentei por haver caído, mas levantei firme, prossegui em meu bailado e agradeci pela advertência, pelas lições que a vida me  fez aprender. Sei que a vida não pára nem pode parar enquanto estamos em cena.
Estou aqui... Minha presença se materializa, às vezes, em gestos que expressam desejos e fantasias, que a história se encarregou de esculpir e emoldurar em minha trajetória. Passageiro de um tempo fugidio, não disfarço quando, debruçada sobre a janela, meus pensamentos que se perdem junto com as brumas depositadas sobre as gramíneas no sopé da montanha. O ocaso está acontecendo, mais um ciclo se fechando e algumas lembranças também estão se esvaindo; quem sabe, renascerão amanhã.
Estou aqui e sei que não estou só. Você faz parte desta história...
Aqui estou, enquanto pulsar meu coração que vibra  com o mesmo amor de antes.  "Aqui Viverei"... enquanto permanecer viva, minha memória!
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Ísis Dumont
A,manhã, em suas páginas deixarei meu carinho em comentários.
Perdão pelas "ausências"!
Beijos; e durma bem!!!

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Í
 
 

 
Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 16/07/2014
Alterado em 17/07/2014
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