Aparecida Ramos - Prosa e Verso
Palavras que a alma e o coração não calam.
Textos
Minhas Mortes
Minhas mortes são tão repetitivas
Já nem sei como estou... suportando.
Minhas mortes são tantas, que me intrigam
Porque fazem-me morrer de vez em quando.
Minhas mortes "parecem" banais, todos os dias.
São mortes que acontecem em qualquer canto.
Minhas mortes para muitos são corriqueiras.
Para esses não "merecem" nenhum pranto.
Minhas mortes não pediram para morrer,
Porque ainda não havia chegado o momento.
Minhas mortes, muitas vezes são impulsos
De alguém que de gente é só a figura
Que não sabe respeitar seus semelhantes.
Minhas mortes dilaceram minha vida,
Deixando-me em cada célula uma ferida
Que não sara, enquanto estiverem me matando.
Minhas mortes são mortes de irmãs,
Com nomes ou sem nomes, são mulheres.
Não importa o lugar nem a nação,
O que fazem, o que pregam ou o que fizeram.
Nenhuma delas merece ou merecia morrer
Pelas mãos da tirania, tão precocemente!
Morro todo dia quando sei que uma mulher
Foi morta ou violentada por um homem,
Sem defesa, fria e COVARDEMENTE!!!!!!
Por todas essas mortes que já morri
E por todas que ainda irei morrer
Meu coração está de luto, permanente!
Isis Dumont
Minhas mortes são tão repetitivas
Já nem sei como estou... suportando.
Minhas mortes são tantas, que me intrigam
Porque fazem-me morrer de vez em quando.
Minhas mortes "parecem" banais, todos os dias.
São mortes que acontecem em qualquer canto.
Minhas mortes para muitos são corriqueiras.
Para esses não "merecem" nenhum pranto.
Minhas mortes não pediram para morrer,
Porque ainda não havia chegado o momento.
Minhas mortes, muitas vezes são impulsos
De alguém que de gente é só a figura
Que não sabe respeitar seus semelhantes.
Minhas mortes dilaceram minha vida,
Deixando-me em cada célula uma ferida
Que não sara, enquanto estiverem me matando.
Minhas mortes são mortes de irmãs,
Com nomes ou sem nomes, são mulheres.
Não importa o lugar nem a nação,
O que fazem, o que pregam ou o que fizeram.
Nenhuma delas merece ou merecia morrer
Pelas mãos da tirania, tão precocemente!
Morro todo dia quando sei que uma mulher
Foi morta ou violentada por um homem,
Sem defesa, fria e COVARDEMENTE!!!!!!
Por todas essas mortes que já morri
E por todas que ainda irei morrer
Meu coração está de luto, permanente!
Isis Dumont
"As mulheres que relatam terem sofrido violência doméstica, apresentam formas combinadas de agressões físicas, como nódoas negras, fraturas, queimaduras, marcas de tentativas de estrangulamento, golpes provocados por instrumentos cortantes, etc. Quanto às agressões psicológicas retratam como sequelas de medo, isolamento afetivo, dependência emocional, sentimentos de culpabilidade e quadros depressivos....Atualmente e em geral, não importa o status da mulher, o lócus da violência continua sendo gerado no âmbito familiar, sendo que, o risco de a mulher ser agredida pelo próprio marido, companheiro, ou mesmo ex-marido, é muitas vezes maior do que a de sofrer alguma violência por estranhos"...
Lianatins
Lianatins
O comentário/Interação, acima recebi da nobre poetisa, Escritora e Psicóloga Liana, de quem sou amiga e profunda admiradora. Muito obrigada, querida. Sua contribuição é por demais importante e vem enriquecer minha página, ampliando as informações a cerca desse assunto para os nossos leitores e leitoras Recantistas.
Isis...
Violência contra a mulher???... Qualquer pessoa pode denunciar! O sigilo será mantido. Disque 180!!! Discagem gratuita, de qualquer lugar do Brasil. Na Paraíba, ligue também 197 (Polícia Civil). São policiais capacitados para receberem essas denúncias e encaminharem as providências cabíveis.
DENUNCIE!!! VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHA!!!
Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 02/12/2012
Alterado em 04/12/2012
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Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
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